A Escola Municipal Hermano Chaves Frank, localizada no Sitio Pedra Branca, para atender à demanda cada vez maior de alunos do pré-escolar ao ensino fundamental, receberá da Empresa CHAVES MINERADORA S.A.,com a parceria do Governo Municipal, uma ampliação de sua estrutura, que contará com um novo pavilhão com mais 4 salas de aula, oferecerá espaços para sala de professores, sala de orientação pedagógica, biblioteca e ambiente propício para o Laboratório de Informática.
A Universidade Regional do Cariri (URCA) e o Geopark Araripe celebraram, ontem dia 23/08, convênio de gestão compartilhada com a prefeitura municipal de Santana do Cariri. A Vice-Reitora da URCA, Otonite Cortez, e o Coordenador Executivo do projeto, Patrício Melo, estiveram presentes no Gabinete da Prefeitura, para assinatura do convênio.
Na ocasião, foi entregue a placa do Geopark, que sinaliza o convênio, ao prefeito Jesus Garcia. A placa será afixada no Pontal de Santa Cruz, um dos geossítios do Geopark Araripe , administrado pelo município de Santana do Cariri. Como parte das ações do Geopark para este geossítio, será feita uma nova sinalização para o Pontal até novembro.
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ENTENDA UM POUCO SOBRE O GEOPARK ARARIPE
Segundo a UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura – Geopark é um território de limites bem definidos com uma área suficientemente grande para servir de apoio ao desenvolvimento socioeconômico local. A UNESCO define, ainda, que um Geopark deve abranger determinado número de sítios geológicos e arqueológicos de relevo ou um mosaico de entidades geológicas de especial importância científica, raridade e beleza e que representa uma região e sua história.
No Brasil, o primeiro do gênero é o Geopark Araripe, localizado na Messorregião Chapada do Araripe, mais precisamente no lado cearense do sertão do Cariri, onde se estende por seis municípios. Barbalha, Crato, Juazeiro do Norte, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.
O Geopark Araripe foi criado por iniciativa do Governo do Estado do Ceará e da Universidade (URCA), em 2006. Raphael Ferreira de Paiva, técnico da Secretaria de Programas Regionais e gerente da Messoregião Chapada do Araripe, conta que a região possui importantes riquezas minerais, tais como o calcário laminado e a gipsita, cujas atividades de extração e produção causam grande impacto ambiental.
Desde 2004, o Ministério da Integração Nacional promove atividades na região no sentido de mitigar os efeitos prejudiciais ao meio ambiente, seja por meio de mudança em sua matriz energética, seja com o maior aproveitamento dos rejeitos da produção. É neste contexto que se insere o projeto Geopark Araripe, pois “Investir no Geopark significa reduzir a dependência da economia local destas atividades e criar uma alternativa sustentável de exploração econômica do enorme potencial geológico/mineral da Messoregião”, afirma Raphael.
O técnico explica, ainda, que os fósseis que representam a principal atração do Geopark são encontrados nas mesmas minas em que se extrai o calcário laminado e a gipsita.
“E com essa ação, além de ajudarmos na geração de emprego e renda, também combatemos o tráfico ilegal desses vestígios geológicos fosselíferos e arqueológicos, mantendo essa inestimável riqueza na região, com evidentes ganhos para a população local”.
Um dos componentes importante desse projeto é o incentivo à produção local de artesanato. Foi graças a esse apoio que o artista plástico José Lourenço Gonzaga conseguiu criar um série de xilogravuras retratando animais pré-históricos e fósseis encontrados na região.
A Secretaria de Programas Regionais está investindo cerca de R$ 700.000,00 no fortalecimento, consolidação e na instrumentalização do Geopark Araripe, com vista à concessão pela UNESCO do selo definitivo de integrante da Rede Global de Geoparks.
